As ações são representadas pela menor parcela que divide o capital de uma empresa organizada como uma sociedade anônima. São elas que legalizam a participação do sócio na empresa, sendo um título patrimonial que concede direitos e deveres aos acionistas, de acordo com as ações possuídas. Isso acontece porque a ação representa um valor mobiliário, isto é, parte do capital da sociedade anônima.
Apesar de todas as companhias terem seu capital dividido em ações, apenas aquelas que tem as ações registradas na CVM podem negociar de forma pública no mercado de valores. Quando elas fazem esse registro são chamadas de companhias abertas.
A diferença entre os tipos de ações irá variar de acordo com os benefícios e direitos que garantem aos seus acionistas. No Brasil, elas são divididas em ações ordinárias e ações preferenciais (ambas podem ser de valor nominativo).
Além disso, as empresas podem emitir diferentes classes de ações e criar quantas forem necessárias. Essas classes recebem uma letra (A, B, C...), de acordo com os objetivos determinados. Uma ação PN classe A, por exemplo, significa que é preferencial nominativa e o A, pode mostrar que ela possui um dividendo* mínimo. Essas características são definidas de acordo com a empresa emissora da ação, no estatuto social, e variam de acordo com a companhia.
*Dividendo = é uma parcela dos lucros distribuída entre os detentores de ações.
Os tipos de ações são uma classificação que levam em consideração as vantagens e os diretos do investidor. Existem, nessa classe: as ações ordinárias ou comuns e as preferenciais.
De acordo com a forma de registro, também podem ser classificadas como:
O preço de emissão significa o valor da ação no ato da subscrição (lançar novas ações para aumento do capital). Os emissores de ações de uma companhia devem estabelecer um valor fixo de emissão de suas ações. Depois disso, a assembleia ou o conselho de administração deverão aprovar esse preço.
São ações que possuem um valor representativo. Quando estabelecido o valor do capital social, ele é dividido pelo número total de ações emitidas pela sociedade anônima. A partir dessa operação matemática, sabe-se o valor nominal das ações.
A principal função da ação nominal é impedir que o patrimônio do acionista desvalorize porque a lei não permite que novas ações sejam emitidas com preço menor que o valor nominal. O estatuto da companhia determina se suas ações possuem ou não valor nominal. Segundo a legislação que regulariza as S.A., o valor nominal das ações de sociedade anônima aberta não pode ser menor que o mínimo estabelecido pela CVM.
São ações para as quais não foram fixados valores de emissão; fica estabelecido o preço de mercado das ações por ocasião do lançamento. A constituição da empresa é responsável por dizer se suas ações serão sem valor nominal.
Pode-se dizer que o valor dessas ações é flutuante porque sem o valor nominal, elas podem aumentar e diminuir de acordo com o mercado. Investir em uma empresa com ações sem valor nominal pode trazer alguns prejuízos, como a falta de critério para calcular o número de ações a serem emitidas quando o capital aumenta, por causa de incorporações.
Para investir em ações, é necessário ter objetivos claros sobre o que deseja fazer com o dinheiro investido e quanto tempo precisa ter para que ele renda. Além disso, é preciso entender que no mercado de ações existem riscos, ou seja, seus lucros podem ser poucos e o investidor poderá até mesmo perder parte do que investiu. As principais formas de investir são: compra direta de ações, fundos de investimentos, fundos de índices (ETFs) e clubes de investimentos.
Nesse caso a própria pessoa é responsável por escolher as ações que deseja comprar ou vender. Após a escolha, o investidor pode enviar uma ordem para a corretora. É possível tirar algumas dúvidas com os consultores da corretora para explicar sobre os melhores investimentos.
Nos fundos de investimento cada investidor tem uma cota que corresponde a uma parte do total de ações. Esses fundos devem estabelecer um estatuto para informar o grau de risco dos investimentos. Eles devem ter um gestor certificado pela Conselho de Valores Monetários para coordenar as compras e vendas de ações. Para investir em fundos pode-se procurar um banco ou corretora.
São fundos onde o investidor possui cotas que ele compra na Bolsa. Eles buscam obter o retorno de índices, que representam desempenhos de determinados setores do mercado. Uma das vantagens é que é possível começar investindo um valor baixo (menor do que R$ 200,00, por exemplo).
O clube de investimento é formado por um grupo de pessoas físicas (que podem ser amigos ou familiares) para aplicar recursos em títulos e valores mobiliários. Não há necessidade de um gestor certificado pela CVM, mas é necessário um representante para dar a ordem de venda e compra das ações. É uma forma que garante mais liberdade a quem quer investir.
As corretoras são responsáveis por auxiliar os investidores na compra e venda de ações. Suas principais responsabilidade são:
No site da BM&FBovespa pode-se conhecer uma lista de corretoras para utilizar o serviço de compra e venda e acessar os custos de operação.
Para investir no mercado de ações existem taxas que devem ser pagas para as corretoras, a bolsa de valores companhias de custódia e liquidação, dentre outros.
As entidades administradoras de mercado de bolsa e balcão apresentam uma tabela completa com os percentuais, valores de taxas e custos operacionais, no ambiente por elas administrado.
O valor a ser investido depende da corretora e dos valores das ações que serão adquiridas. Mas, não há um valor mínimo para investir em ações, porém é necessário observar as taxas cobradas e se elas estão de acordo com seu investimento. Uma das vantagens de investir sozinho é não pagar taxa de administração.